- Introdução
É uma doença muito freqüente, que acomete mais indivíduos do sexo masculino do que feminino, com maior freqüência entre os 50-60 anos, sendo raro antes dos 40 anos de idade.
A principal causa é o cigarro e isso foi comprovado pelo fato de o pico da doença ter sido primeiro em homens, no período em que o ato de fumar passou a ser moda. O pico nas mulheres só ocorreu mais tarde pois no início as mulheres não podiam ser vistas fumando em público e depois esse ato passou a ser um ato de afirmação e independência.
- Fatores de risco associados:
Fumo passivo (quando você não fuma, mas uma pessoa que convive sempre sim)
Metais, como cromo, cádmio e arsênico
Amianto
Alguns produtos químicos orgânicos
Radiação
Poluição do ar
Escape de diesel
- Além disso, existem também os fatores ocupacionais, como:
Pavimentação
Fabricação de borracha
Pintura ou varredura de chaminé
- Sintomas que podem ser encontrados nos pacientes:
Hemoptise (tosse com sangue)
Dor torácica
Tosse, caracterizado como o sintoma mais comum
Rouquidão persistente
Dispnéia (falta de ar)
Perda de peso sem causa aparente
Se o indivíduo for assintomático, o diagnóstico é feito mais tardiamente e normalmente o prognóstico é pior devido ao tempo de evolução, podendo ocorrer metástases.
- Metástases
O local mais comum é nos gânglios mediastinais.
- Síndromes paraneoplásicas
O tumor pode produzir substâncias ou comprimir estruturas próximas, gerando síndromes locais ou sistêmicas.
Exemplos:
Osteoartropatia hipertrófica de Perre Marie – ocorre baqueteamento digital, dedos doloridos e edemaciados, proliferação das extremidades dos ossos devido a liberação de substâncias pelo tumor
Tumor de Pancoast – tumor comprime o plexo braquial, resultando em dor torácica, ptose palpebral (‘’pálpebras caíads’’) e fraqueza muscular
Síndrome de Lambert Elton – pessoa sente muita fraqueza na parte proximal dos membros, consegue se movimentar com dificuldade e mal consegue se levantar
- Evolução e estadiamento do câncer de pulmão – sistema TNM
Avalia a gravidade e possibilita a melhor escolha terapêutica para cada indivíduo e caso

T – tamanho do tumor
N – linfonodos
M – metástases
Qualquer avaliação seguido por um ‘’x’’ significa que não houve evidências para a classificação.
- Como é feito o diagnóstico?
Broncoscopia (fig 2 e 3)– analisa a histologia do câncer


Punção aspirativa com agulha fina (fig 4) – retirada de uma pequena parte de tecido para análise microscópica. Normalmente é acompanhada com ultrassom

Toracotomia assistida – utilizada quando os procedimentos não invasivos não conseguem avaliar adequadamente o tipo de tumor, sua localização e limites

Outros exames que podem ser utilizados: radiografia e tomografia computadorizada, ressonância magnética de crânio (verificar a presença de metástase), PET SCAN.
- Quais são os possíveis tratamentos?
Cirurgia – lobectomia ou pneumectomia
Quimioterapia e radioterapia
Imunoterapia – dependendo das mutações que o tumor apresentar
Cuidados paliativos – melhorar a qualidade de vida e controlar a dor do paciente
Referências:
Harrison. Principios de Medicina Interna, 20e. J. Larry Jameson, Anthony S. Fauci, Dennis L. Kasper, Stephen L. Hauser, Dan L. Longo, Joseph Loscalzo.
SOUZA, Fábio José Fabrício de Barros et al. Rev Soc Bras Clin Med. 2014 jan-mar;12(1):xx-xx: Rendimento diagnóstico de câncer de pulmão por intermédio de fibrobroncoscopia e tomografia.
https://www.poderesaude.com.br/novosite/images/publicacoes_20.06.2014-IV.pdf
https://www.pneumologiapimentel.com.br/v1/broncoscopia-flexivel/
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/pneumologia/broncoscopia/
http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=2229&idioma=Portugues
http://www.itorax.com.br/pre-operatorio-procedimentos-cirurgicos/