A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), popularmente conhecida como “pressão alta”, se caracteriza pelo aumento da pressão arterial em um nível não recomendado e “de maneira sustentada”.

É uma doença crônica e que tem vários fatores como causa, sendo eles: genéticos, ambientais, hábitos em relação à saúde individual e outras. Também pode abrir portas para muitas doenças cardíacas, renais, cerebrais e outras também severas. Por isso, não deve ser negligenciada.
A Hipertensão é uma doença silenciosa, que mata mais de 9 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo a OMS. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 300 mil pessoas morrem por ano devido a essa doença.
Vale ressaltar que não há uma cura para a Hipertensão e seu tratamento é focado em controlá-la – seja por medidas medicamentosas ou não, como mostraremos mais a diante.

Causas e fatores de riscos
De acordo com especialistas da área, as principais causas e fatores de riscos da Hipertensão envolvem: fatores genéticos, ambientais e até mesmo condições de saúde do indivíduo, entre outras questões.
Entre os fatores ambientais, destacam-se:
- Consumo excessivo de sal;
- Tabagismo;
- Alcoolismo;
- Sedentarismo;
- Má alimentação.
Já entre os fatores genéticos, temos:
- Histórico familiar
- Obesidade
Ex: se na sua família possui histórico de Hipertensão, você pode ter predisposição a desenvolver a doença.
Quanto aos fatores de riscos, podemos citar:
- Idade
Pessoas acima de 35 anos são mais suscetíveis de desenvolverem HAS.
- Problemas de saúde de risco
Quem tem diabetes, por exemplo, pode aumentar as chances de desenvolver HAS. Assim como quem também possui doença crônica renal, apneia do sono ou estenose de artéria renal.
Se você se encaixa em algum desses grupos, procure seu médico ou posto de saúde mais próximo e não deixe de fazer as consultas anuais.
Sintomas
Muitos especialistas afirmam que se trata de uma doença silenciosa, pois mais de 50% dos pacientes hipertensos não possuem sintomas. Contudo, ainda assim, pode-se identificar alguns sinais que podem estar ligados à elevada pressão arterial, como:
- Dor de cabeça;
- Fadiga;
- Vertigem;
- Falta de ar;
- Visão borrada;
- Vômitos.
Vale salientar que são sinais comuns a outras doenças, então é importante medir a pressão regularmente, pois é a maneira mais eficiente de avaliá-la.
Diagnóstico
O diagnóstico pode e deve ser feito por qualquer médico em atendimento ambulatorial. A pressão elevada (maior ou igual a 140×90) em, pelo menos, 2 (duas) aferições em consultas diferentes é um dos critérios mais seguidos para confirmação do diagnóstico.
Podem ser acrescentadas medidas para aferição de pressão fora do consultório (MAPA ou MRPA), para que seja confirmado o diagnóstico e exclua fatores como síndrome do jaleco branco ou estresses anormais que podem alterar o valor durante a consulta, por exemplo.

Se você verifica sua pressão regularmente e acha que está perto dos parâmetros, procure seu médico ou posto de saúde mais próximo.
Existem situações particulares que caracterizam o diagnóstico em apenas uma aferição, como crise hipertensiva e lesões de órgão alvo que serão abordadas em outra publicação. Não deixe de conferir!
Tratamento
1- Tratamento não-medicamentoso
Recomenda-se ao paciente mudanças no estilo de vida, buscando controlar a pressão arterial e os fatores de riscos ligados à doença. Caso o paciente necessite de terapia medicamentosa, mantém-se o tratamento conjuntamente.
Exemplo: entre as recomendações de mudanças de estilo de vida, encontram-se: reduzir o consumo de álcool, deixar o tabagismo, reduzir a ingestão de sal e praticar atividades físicas de forma regular.
2- Tratamento medicamentoso
Esse tipo de tratamento é baseado em um estudo prévio sobre o paciente, como a sua idade, etnia, histórico de saúde e outras características/informações pertinentes e colhidas pelo médico.
Para o tratamento medicamentoso são utilizadas as principais classes de agentes anti-hipertensivos, como diuréticos tiazídicos e inibidores da ECA.
Independente do tratamento, a meta para controle da pressão arterial deve ser mantê-la em até 130X80mmHg para pessoas acima de 65 anos ou com mais de uma morbidade.
É importante o entendimento que em todo caso, para receber o diagnóstico correto e tratamento específico, é necessário buscar ajuda de atendimento médico especializado. A relação médico-paciente é de suma importância para que haja o entendimento de ambas as partes e, assim, chegar ao melhor tratamento para controle da pressão arterial.